Fanfic: Entre Amor, ódio e Amor. capítulo 9

 




Capítulo 9

No Sábado.

A recepcionista acompanhou o Sr. Bensin até a sala da presidência, um pouco formal, o Presidente da Construtora, lhe cumprimento e solicitou que sentasse a mesa, de reunião. Amir sentou na ponta da mesa, o Sr. Bensin se sentou na cadeira da lateral, ambos se sentaram de costas para a porta.

-Por favor, sente-se aqui. Estou esperando dois amigos, para serem minhas testemunhas, não quero o meu pai duvidando de mim, muito mesmos do seu trabalho. / falou Amir, tentando se retratar com o detetive.

- Pensei que esse assusnto, era algo confidencial. / perguntou o detetive curioso.

- As testemunhas são de extrema confiança. E, os dois já sabem que contratei o serviço de um detetive. Meu pai é um pouco cético. Então, tenho que ter testemunhas, só para não entrar em atrito com ele.

-Por que, então não pediu para ele mesmo, vim nessa reunião. Assim, não teria que provar nada para ele, ele ouviria, e veria as provas da minha investigação. /  argumenta o detetive.

- Meu pai, esta hospitalizado, está fazendo um checap. Ele faz todo ano, recomendação médica.

- Ah, entendo!


Besim, ficou sorrindo mentalmente.  Era tudo que precisava saber. Pelo que deu de perceber, pai e filho não se davam bem.  O detetive estava louco para semear, ainda mais discórdia, entre eles.  Pois, até o encontro com Ozan, no restaurante,  ele não teve nem uma pista, do paradeiro das duas mulheres, que o Sr. Amir lhe pediu para encontrar. Partiu, buscando pistas,  do incêndio  no cortiço. Elas, poderiam estar mortas, como foi proposto pelo secretario do pai do seu cliente, ou estarem vivas, vivendo bem longe, ou até,  tendo uma nova identidade. 

Mas, quem seriam essas mulheres? Por que o pai do seu cliente quer escondê-las? E por que o Sr. Amir as procura? Quando o seu cliente o contratou, não forneceu detalhes sobre quem realmente eram. Apenas, comentou, que eram conhecidas da família,  e que eram duas aproveitadoras, que praticamente extorquiram muito dinheiro do seu pai.

 Tudo indicava que Amir, estava preocupado com sua herança. A mulher poderia ser amante do pai, e a garota, a filha bastarda, ameaçando sua herança, na partilha dos bens.  Por isso, seu cliente pediu o completo sigilo. Para não causar  um escândalo.   E, o fato de serem conhecidas da família, poderia ter  acontecido, após a morte da mãe do seu cliente. Provavelmente, o Sr. Keski quis, que o filho aceitasse, a irmã e a amante. Só, que adoeceu, dando oportunidade, ao  seu cliente,(que na época, só tinha vinte anos) de  expulsar  as duas, do imóvel da família. 

Agora, o seu cliente, está a procura delas,  coisa que o seu pai quer esconder.  Para resolver esse caso, Besim, fez uma lista das mulheres, e de garotas que sobreviveram ao incêndio no cortiço.  Levaria uns cinco meses, para realizar a busca para encontrá-las.  Garantindo o saldo positivo da sua conta do banco,  por um bom tempo.

Não demorou muito, eles ouviram a porta se abrir, Amir virou o seu rosto para a direção da porta, e viu Munis entrando.


-Que bom! Eles chegaram. / comenta Amir, ansioso.

Em alguns segundos, Munis, estava se sentando à mesa, na cadeira de frente,

ao detetive. O detetive percebeu, que eram parentes. E logo depois, ouviram o som da porta se fechando.

-Este é o meu primo, o Sr. Munis. / comenta Amir, enquanto, Munis se ajeita na cadeira.

O detetive, tirou da sua maleta, e coloca duas pastas em cima da mesa. Estava pronto para falar, quando ao lado de Munis, o Sr. Ozan se senta, olhando para o detetive com um olhar sombrio. O Sr. Bensin ficou com o semblante preocupado. E Muito confuso, ao saber que ele era de confiança para o seu cliente.

-Esse é nosso Consultor, é o meu braço direito, aqui na empresa. O Sr. Ozan, e o meu primo Munis, são de minha extrema confiança, e neles, o meu pai confia. / Amir inclina a mão na direção do Sr. Bensin, olhando para os dois ao seu lado esquerdo. / -Munis, Ozan esse é o detetive que eu contratei, o Sr. Bensin. / Amir apresenta o detetive/- Agora, que eles estão aqui, o Sr. pode começar, fiquei curioso, quando disse que tinha revelações assustadoras sobre o caso.

O detetive, foi desarmado, ao perceber que o relacionamento entre o seu cliente e o secretário do seu pai, era extremamente amigável. Pois dirigiu-se à ele, só pelo nome. iria expor o fato, que o secretário do pai de Amir, o procurou. Entregando os documentos que indica, que as mulheres procuradas, teriam falecido no incêndio há 10 anos. Mas, apontaria para uma outra hipótese, que ambas estavam vivas. E que, o próprio pai, não queria que o filho as encontrasse. Entretanto, o Sr. Bensin, guardou uma das pastas. Deixando apenas, a pasta que o Sr. Ozan, lhe entregou no restaurante. E seguiu fielmente o roteiro que o Sr. Ozan, deixou detalhado, junto com todos documentos e evidências que provavam, que mãe e filha morreram no incêndio do cortiço.

Ele foi expondo, que a mulher passou necessidades, tirando a filha da escola. Depois do despejo, o dinheiro que tinham, foi usado para pagar todas as dívidas. Com não tinham emprego, não conseguiram pagar o aluguel da casa de 2 quartos que alugaram em um bairro afastado do centro. E o único emprego que conseguiram, foi de vendedoras na feira livre, também lavavam e tingiam fios para uma fábrica de tapeçaria, e no horário do almoço, entregavam marmitex, de uma lanchonete,que ficava na mesma rua da feira. Não eram registradas, e não recebiam um salário digno.

Mostrou as fotos, tiradas, das duas trabalhando, em cada um das suas atividades. Ambas, emagreceram visivelmente. Mesmo as fotos, não sendo tão nítidas, dava para perceber, que tinham uma vida sofrida.

Enquanto, o detetive relatava o caso, os primos ouviam, desacreditados com a história. Dava de perceber, que Amir estava abalado, e Munis, sofrendo profundamente. Foi um terrível choque, quando, foi mostrado o local onde elas moravam, depois que deixaram a pequena casa do bairro.... E que esse local, era o antigo cortiço de Gecekondu,

que era um do prédio abandonado, da prefeitura de Istambu, local que serviu de morada para vários desabrigados. E que foi cena de uma tragédia, com mais de 500 mortes, e mais 100 feridos.

-Não pode ser! / falou Amir, alterando a voz, ao ver o nome delas, na lista dos falecidos no local.

Ele estava completamente, abalado com as notícias, seu coração batia acelerado.

-Deve ter algum engano. Elas tinhas dinheiro suficiente para se manterem bem!

Seus olhos estavam vermelhos, entretanto, não saiu nem uma lágrima. Munis, pelo contrário, estava em prantos. Ozan conseguiu demonstrar que estava triste e chocado com as revelações. Pois, ao reviver toda as cenas, que ele presenciou, buscando por elas, em casa hospital, que ele visitou. Fez ele, se sentir emocionado. O senhor Bensin, não acreditou, que ele fosse tão, dissimulado ao ponto, tentar engana-los.

-Como sabem que são elas? Houve comentários, que muitos corpos não foram identificados?

A prefeitura realizou o funeral, em um cemitério afastado. Como muitos corpos não foram identificados, apenas colocaram uma placa. Como homenagem aos mortos na tragédia de Gecekondu.

-Por incrível que pareça, havia um síndico, e ele tinha o registro dos moradores. Mesmo morando, nesse local abandonado, elas pagavam aluguel. Tinha uma gangue, que cobravam os moradores, pelas salas que eles ocupavam. Elas moravam no quarto andar, o incêndio começou no segundo. Os sobreviventes, são todos do segundo, do primeiro e do térreo. Aconteceu as 10 horas da noite, a maioria, estavam dormindo depois de um dia de trabalho árduo. / o detetive continuou relatando os fatos.

Amir, ouviu a conclusão da investigação, abalado, um pouco pálido, e assustado. Munis, tentava controlar seu pranto, e Ozan demostrava estar inconformado. O detetive não esperava que, teria alguém que choraria tanto por elas. Não sabia o que dizer, pois seguiu conforme foi imposto.

-Nos agradecemos, Sr. Bensin pelo o seu trabalho. Sei que o momento não é propício. Contudo, faremos o seu pagamento, conforme foi combinado. - falou Ozan, querendo por um fim naquele amargo episódio.

O detetive, iria recolher a papelada espalhada na mesa. Entretanto, foi interrompido.

-Pode deixar, ficaremos com os documentos. - adverte o Sr. Ozan. - O Senhor já terminou o seu trabalho, pode me acompanhar. Eu o conduzo até a garagem do prédio.

O Detetive sabia, que aquela era ‘a sua deixa’. Então pegou a sua maleta, se despediu cordialmente e acompanhou o consultor.

Ao entrarem no elevador Bensin faz o comentário.

-Não pensei que era de confiança do Sr. Amir, está traindo a confiança dele!

-Sou sim, de extrema confiança! Do senhor Raif Keski. Estou fazendo o que é o melhor para o Amir. Não se preocupe com o seu pagamento, o Sr. Raif , sabe ser generoso pela sua colaboração.

-Quem são essas duas? Por acaso, é a ex- amante e a filha bastarda, a vergonha que o seu patão está tentando esconder?

Ozan olhou para o detetive indignado, e ao falar alterou sua voz.

-Que ridículo! Como pode ter uma mente tão suja! Quem são elas, você não precisa saber. O seu trabalho acabou.

O detetive aponta para o seu nariz, enquanto fala com Ozan.

- Para mim, essa história ainda não acabou. E quando terminar! Vai acabar mau! Isso é o que me diz o meu faro de detetive.

- Não precisa se preocupar! Não é da sua importância! Eu estou seguindo os planos do Sr. Raif, para nada de mal acontecer!

Nessa hora, a porta do elevador se abre, ambos saem do elevador. Estavam na garagem, antes do detetive ir até seu carro.

- Pode deixar, eu vou descobrir a verdade! Vou saber quem são realmente elas. / falou irritado. Como quem não quer ser controlado.

Aquele comentário pareceu uma ameaça, deduziu Ozan. Então, Ozan pegou um envelope, do bolso interno do seu paletó. Colocando no bolso casaco de couro, que o detetive usava. E fala num tom de voz, que faz o detetive balançar na base.

-Eu iria entregar um pendrive, entretanto achei melhor revelar as fotos, para o senhor saber, como é fotogênico! E quem são as duas? É melhor esquecer! Essa história termina aqui para o senhor! Esse é o meu conselho.

Ozan, entrou no elevador, e deu um sorriso debochado, o que fez o senhor Bensin ficar ainda mais irritado.

Dentro do carro, o detetive abriu o envelope. Eram várias fotos, mostrando ele em várias situações durante aquele mês. No final, do maço das fotos, encontrou um bilhete, dizendo, “Há mais fotos, essas irei guardar, de recordação. Muitas vezes precisamos nos precaver! ” Isso significava que, Bensin foi fotografado fazendo seus negócios ilegais. Bensin, deu um soco no bando do passageiro, ele estava putiado com a situação. Depois do encontro no restaurante com Ozan, ficou atento a tudo. Pois Ozan, falou que ele, estaria sendo vigiado. Por vários dias foi cauteloso, entretento, não percebeu, nem desconfiou de nada. Então, deduziu que aquele homem frio, estava blefando. Então, seguiu sua rotina normalmente. Mas, nas suas mãos estavam as provas, que fora vigiado todo tempo. Uma coisa intrigava o detetive. Quem seria o habilidoso profissional contatado por ele? Bensin , conhecia vários detetives particulares, e os da polícia. Nem um deles conseguiria passar a perna nele. Esse espião, não poderia ser, nem um deles. Quem seria, então?

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